Cinema militante

Cinema militante (português europeu) ou Cinema político (português brasileiro) é uma designação que pode ser entendida em sentido lato ou restrito. Em sentido restrito, refere-se ao cinema político inspirado nos ideais de Maio 68. Em sentido lato, refere-se também a uma prática de cinema que, usando do mesmo modo as técnicas do cinema directo, mais tarde se tentará afirmar defendendo outros ideais, como por exemplo os dos movimentos LGBT ou feministas.

Caracteriza-se por uma preocupação em se fazer sentir mais como forma de intervenção social ou política do que como forma de expressão artística, o que em geral confere aos filmes assim designados mais uma validade histórica do que estética. Há quem porém defenda, desde as primeiras horas do movimento, que será a própria dialéctica histórica e social o verdadeiro motor da força estética da obra, como o próprio Jean-Luc Godard proclama numa célebre entrevista que faz a Fernando Solanas, em 1970[1]

  1. Jean-Luc Godard: entrevita em Cinema, Arte e Ideologia, pág 257-265, ed. Afrontamento, Lisboa, 1975

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search